sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Igrejas ortodoxas



Na ilha de míkonos, segundo falam, há 365 igrejas, ou seja, é possível se frequentar uma por dia durante um ano. A ilha, repleta de histórias e mitos, é uma celebração à vida e ao prazer.



Do ponto de vista religioso, os gregos na sua grande maioria são cristãos ortodoxos. A igreja ortodoxa se separou da igreja romana (o grande cisma do oriente em 1054)motivada inicialmente por questões de natureza cultural e, posteriormente, por questões políticas e religiosas (teológicas). Dois fatores são fundamentais ao cisma: uma foi a tentativa de se impor aos ortodoxos a primazia do Papa (uma espécie de monarquia papal); a segunda de ordem teológiica, a famosa causa filioque.

Ora, os ortodoxos concederiam ao Papa uma primazia de honra, mas não a primazia universal. O Papa exigia o reconhecimento de sua infalibilidade. Para os cristãos orientais, todavia, em questões relacionadas a fé, a decisão final deveria ser submetida não ao Papa isoladamente, mas a um concilio com todos os bispos da Igreja. Quanto à causa filioque, a disputa teológica envolvia os termos sobre o Espírito Santo no Credo de Nicéia/Constantinopla, ou seja, o espírito santo, para os ordodoxos, procederiam só do Pai e não do filho(por isso, o termo filioque). Lembrem-se da nossa forma de benzimento (um rito pagão incorporado pelo cristianismo primitivo). Curiosidade: Fazemos (no ocidente) o sinal da cruz traçando sobre si o sinal da cruz do ombro esquerdo para o direito, os cristãos ortodoxos fazem-no ao contrário e usando os três dedos (símbolo da santa trindadade), uma consequência da causa filioque.

Quanto à moral sexual, importante enfatizar que os padres ortodoxos não se submetem ao celibato obrigatório (é opcional), diferentemente, os bispos e os monges são celibatários. Seria essa uma boa opção, nos parece, a ser seguida pelo catocilismo romano.


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