Nossa intenção em abordar esse tema não é simplesmente discutir a história por si só, mas, fundamentalmente, tentar compreender o reflexo desse passado em nosso tempo, no nosso “hoje” .
Um passado, talvez até distante, mas que tem muito a nos ensinar sobre os nossos costumes e comportamentos atuais.
Falamos, em particular, da demonização do sexo e às suspeitas lançadas sobre as mullheres, numa conjunção de força que iria subsidiar a famosa "caça as bruxas" e alterar o imaginário ocidental sobre a sexualidade feminina.
Nos dediquemos, no entanto, ao período compreendido entre os séculos XI a XIII (na Europa feudal).
Uma época na qual se instauraria uma intensa manipulação da imagem da mulher e de seu corpo. E notem: numa contexto cultural em que o poder patriarcal e a Igreja reforçariam o seu desejo de castrar cada vez mais a sexualidade feminina.
Tentavam, dessa maneira, impor uma forma de pensamento baseada numa suposta "aspiração divina", de acordo com sua interpretação das Escrituras, a despeito da natureza e dos próprios instintos humanos.
Tentavam, dessa maneira, impor uma forma de pensamento baseada numa suposta "aspiração divina", de acordo com sua interpretação das Escrituras, a despeito da natureza e dos próprios instintos humanos.
Nessa situação, a honra e a vergonha, assuntos eminentemente masculinos, seriam ao final vinculados ao comportamento das mulheres.
Nesse período se consolidaria o "Amor Cortês", cantado pelos trovadores.
Tudo isso gerou um receio doentio e obsessivo, em particular com o adultério. O que "justificaria" o enclausuramento e a vigilância das mulheres.
Talvez por isso, tantas lendas e contos da época abordassem essa tema. Com um detalhe interessante: geralmente eram relatos que terminavam com fins trágicos. Um exemplo clássico é Tristão e Isolda.
Talvez por isso, tantas lendas e contos da época abordassem essa tema. Com um detalhe interessante: geralmente eram relatos que terminavam com fins trágicos. Um exemplo clássico é Tristão e Isolda.
Essa vigilância para com a mulher se estendia, inclusive, a sua solidão (assunto de nosso texto anterior). Diziam à época: "se uma menina se tocasse (masturbar-se), ou estava tendo um encontro com Satã ou havia sido enfeitiçada por bruxas". (...) "A paranoia era tão grande que muitos tomavam banho vestidos”.
Mesmo a forma de praticar o ato sexual sofreria a interferência da Igreja, ou seja, a posição consentida era a chamada “a missionária” (atual “papai-e-mamãe”).
Curiosidade: essa posição sexual era a que os missionários cristãos difundiam "em sociedades onde predominavam outras práticas".
Curiosidade: essa posição sexual era a que os missionários cristãos difundiam "em sociedades onde predominavam outras práticas".
Pois, para os cristãos, seria a ela a única posição a estar de acordo com a palavra. Usavam incluvive o apóstolo Paulo. "A mulher deveria sujeitar-se ao marido", ou seja, a posição da mulher por baixo, no ato sexual, era uma representação dessa submissão.
Lembremos, entretanto, da rebeldia de Lilith (primeira mulher antes de Eva) que exigiu copular por cima com Adão. Uma insubmissão prontamente negada (por não estar compatível com a natureza).
Lembremos, entretanto, da rebeldia de Lilith (primeira mulher antes de Eva) que exigiu copular por cima com Adão. Uma insubmissão prontamente negada (por não estar compatível com a natureza).
Mas a Idade Média seria palco de outros estranhos exageros no tocante ao ato sexual. Em particular, quando o ato envolvesse mulheres virgens: é o caso do direito do senhor feudal em violar a esposa do seu servo (Latim: jus primae noctis).
O ancião entregando suas filhas ao senhor feudal. Não podemos deixar de fazer um paralelo dessa situação com o que ocorreu em nossas fazendas até pouco tempo.
Georges Bataille, em seu ensaio Erotismo, visualizaria o direito à “primeira noite” além de uma demonstração de poder e de abuso contra a mulher, uma simbologia de interdição associada ao ato de deflorar uma virgem.
Expliquemos melhor: o ato sexual ao ser colocada sob o "signo da vergonha", combinado com o ato de “defloramento” de uma virgem se caracterizava uma transgressão de ordem muito elevada. Pois muitos religiosos só atribuiam a virtude a uma mulher que fosse virgem.
Por consequencia, o noivo se tornava uma figura inabilitada para o ato.
Caberia, assim, a alguém com "poder" para tal.
Os sacerdotes inicialmente indicariam os eleitos - prática coibida pelos religiosos. Em consequência, estabeleceu-se o costume vil de pedir-se ao senhor, um soberano, da região para deflorar a moça.
Por consequencia, o noivo se tornava uma figura inabilitada para o ato.
Caberia, assim, a alguém com "poder" para tal.
No fundo, a intenção por trás de todos esses costumes e arranjos sociais seria a manipulação e limitação do autoconhecimento corporal da mulher. Como se quisessem aproximá-la ao modelo mariano (segundo uma visão "purista" e irrealizável).
A historiadora Mary Del Priore seria mais enfática ainda, ao vê-los como indutores de uma repressão sexual rigorosa e geradora de uma relação mulher/corpo matizada por sentimentos de culpa, de impureza e de vergonha.
No entanto, a igreja, não satisfeita, reforçaria cada vez mais o seu pessimismo sexual e sua misoginia (espécie de ódio à mulher). E usaria, dentre outros, documentos como o Responsum, do papa Gregório Magno (540-604 d. C), o provável idealizador dos sete pecados capitais. Para Gregório o prazer nunca ocorreria sem pecado.
Em suas reflexões sobre o prazer, fazia questão de realçar: «não basta dizer que o prazer não é meta lícita nas relações sexuais, mas que, quando ocorre, há transgressão das leis do matrimônio».
Essa visão perduraria do século XI ao XIII – época da Escolástica (a idade áurea da teologia).
Essa visão perduraria do século XI ao XIII – época da Escolástica (a idade áurea da teologia).
Santa Catarina de Siena (1347-1380 d.C), por exemplo, afirmaria: «nenhum pecado é mais abominável que o da carne»(Carlos Bauer).
Essa relação de pecado e sexualidade seria um elemento central da afamada culpa cristã – um «poderoso veneno», nos diria Nietzsche, ao criticar o ideal das religiões cristianizadas de macular a vida, o corpo e o “homem”.
Essa relação de pecado e sexualidade seria um elemento central da afamada culpa cristã – um «poderoso veneno», nos diria Nietzsche, ao criticar o ideal das religiões cristianizadas de macular a vida, o corpo e o “homem”.
Com efeito, a concupiscência da carne passaria a representar na sua simbologia o próprio demônio. Esse martírio psicológico perseguiria os fiéis da cristandade por muito tempo, e tornar-se-ia um elemento intrínseco e emblemático da tradição católica.
É notável a dificuldade da Igreja Cristã em lidar com o corpo e as suas sensações. Mesmo o tocar-se para efeito de higiene era motivo de preocupação.
No século XIII, segundo Duby, no ambiente monástico de Cluny imperava o costume dos monges tomarem banho completo só duas vezes por ano (no Natal e na Páscoa), sem, contudo, «descobrir suas partes pudendas».
No século XIII, segundo Duby, no ambiente monástico de Cluny imperava o costume dos monges tomarem banho completo só duas vezes por ano (no Natal e na Páscoa), sem, contudo, «descobrir suas partes pudendas».
Não podemos, nesse sentido, esquecer S. Tomás de Aquino. Discípulo de Alberto Magno – tido como «o grande depreciador das mulheres» e para quem elas não saberiam o que é fidelidade.
O príncipe dos teólogos conceberia uma teologia cristã na qual o casamento seria levado ao seu nível mais baixo, criando as condições à «demonização do sexo» (Uta Ranke).
Para ele, a mulher nasceria em circunstância de um fracasso da natureza. Em palavras mais precisas: o homem seria a concepção de primeira ordem e a mulher um “homem mal formado”.
Aquino teria, ainda, fertilizado uma crença supersticiosa de homens e mulheres que teriam relações sexuais com o demônio. Seu desprezo pelo feminino em parte se consubstanciaria nos erros biológicos e nos princípios patriarcais de Aristóteles.
Isso o levou a acusar as mulheres, bem mais que os homens de manter relações sexuais com demônios, chamados súcubos e íncubos.
Isso o levou a acusar as mulheres, bem mais que os homens de manter relações sexuais com demônios, chamados súcubos e íncubos.
Para Tomás de Aquino, havia dois tipos de pecado relacionado à luxúria: os pecados contra a razão (fornicação e adultério) e pecados contra a natureza.
Seriam considerados pecados contra a natureza a masturbação, o sexo com animais, a homossexualidade e a prática "antinatural" do coito. Assim, por exemplo, "não se podia fazer sexo em orifícios não naturais (boca e ânus), mesmo que fosse entre marido e mulher".
Seriam considerados pecados contra a natureza a masturbação, o sexo com animais, a homossexualidade e a prática "antinatural" do coito. Assim, por exemplo, "não se podia fazer sexo em orifícios não naturais (boca e ânus), mesmo que fosse entre marido e mulher".
Uta Ranke atribui a Aquino não a responsabilidade teológica pela Bula das Feiticeiras (1484 d. C), formulada por pelo Papa Inocêncio VIII, mas perceberia o pensamento aquiniano como uma condição essencial desse famigerado instrumento de perseguição cristã.
Nessa linha, em 1487, os autores do Martelo das Feiticeiras (espécie de Bíblia da Inquisição), os alemães, J. Sprenger e Heinrich Institoris rogariam a punição de pena de morte para as “bruxas parteiras”, por acusá-las de matar crianças não batizadas, o que na concepção agostiniana significaria a condenação ao inferno.
O imaginário ocidental incoporou às mulheres a figura da bruxa e os mistérios a ela associados.
O Martelo das Feiticeiras - manual de demonologia mais importante usado pela Igreja Católica nos processos inquisitoriais, além de pregar uma perseguição incansável às mulheres, sugeriria uma suposta condição de fraqueza do feminino com relação ao sexo e “pregava” sua aproximação com o demônio.
A historiadora e feminista, Rose Mary Muraro, é ainda mais precisa no tocante ao tema, para ela o Maleus Maleficarum associaria a transgressão sexual à transgressão da fé, e transformaria a sexualidade feminina na própria figura do demônio.
Essas posturas cristãs, além de legitimar a violência a partir do “sagrado”, terminariam por criar uma imagética feminina associada ao medo, ao perigo, à lascívia, ao próprio demônio, ou seja, haveria uma depreciação exagerada da mulher, pelo menos àquelas não enquadráveis às regras prescritas pela igreja.
E não pensem que estamos falando de coisas tão distantes.....
(continua ....)
Referências bibliográficas: Eunucos pelo Reino de Deus, Uta Ranke, Erotismo, Georges B.; História da Vida Privada, Duby; A história do feminismo no Brasil, Carlos Bauer; e outros.
Referências bibliográficas: Eunucos pelo Reino de Deus, Uta Ranke, Erotismo, Georges B.; História da Vida Privada, Duby; A história do feminismo no Brasil, Carlos Bauer; e outros.
A culpa é de Eva, pois não? Assim muitos homens cegos, na minha opinião, explicam, sem argumento, como se vê, a mulher "endemoninhada".
ResponderExcluirBem, o texto. Muito bom, muito interessante. Parabéns.
O tema. Conforme eu lia, lembrava de Dante e sua Commedia. Ele tinha esse mesmo pensamento dissertado acerca do casamento e do sexo, não? Talvez, porque ele escreveu a Commedia muito em parte para ganhar novamente o abraço (um perdão) da igreja. Mas acredito que ele pensasse como se expressou mesmo.
De qualquer forma, noto que você, meu caro, não é muito partidário da igreja, estou certo? Bem, eu sei que nção sou. Não é que eu não acredite nas lições de moralidade que a bíblia comporta: não concordo com a postura da igreja em relação a certas coisas, como por exemplo o abominar a evolução (em vários casos), para pôr rédeas, como os ditadores, e preferir conceitos "intelectualmente não-estimulantes". Claro que tudo isso que falei pode ser contestado por alguém que terá uima explicação até razoável para tal postura da igreja. Mas não vejo as coisas de outro modo.
Outro dia assistia a um documentário cujo tema era: criacionismo x evolução. O cara criacionista cria na bíblia cegamente (este meu ponto: crer cegamente; sem raciocinar acerca; e parece que a igreja quer assim. Por quê?) e abomminava (os evangélicos de hoje são uma prova disto) a ciência, por explicar coisas que não estão na bíblia ou com poucos detalhes. O que estava na bíblia era o certo. Como se esta fosse escrita deveras pela mão de Deus. Bem, o cara, em sua palestra, alienava (aqui a imagem sutil da igreja presente e o cotejo com os ditadores, que querem trazer para o seu nível os outros em vez de subirem ao deles) a plateia dizendo o que eles deveriam responder a alguém que lhes argumentasse sobre a evolução. Assim: "Se alguém lhes disser: 'Há 10.000 anos... existia...', pergunte a ele: 'Você estava lá?... Como pode saber então?...". O argumento mais imbecil e sem sustentáculo que já ouvi. Digno de pessoas sem capacidade para argumentação e raciocínio lógico que pretendem subjugar os outros, por não conseguir alcançá-los. Então não existe a natureza com sua história? Não existe o tempo? Ora, e a bíblia, não foi uma criação posterior ao surgimento do homem?
Enfim, estou falando muito. Acredito que a igreja manipula, para seu próprio controle, as informações e cativa seus fiéis, que, porque assim querem também, pensam aquilo que ela, a igreja, lhes passa. Não creio, portanto, que a igreja seja assim tão benéfica. Creio nas lições, como já disse, da bíblia. Mas estas podem ser encontradas na filosofia e mitologia grega, que a meu ver são muito mais edificantes e libertadoras. Mesmo porque a bíblia é em muitas partes uma paráfrase da cultura grega.
Belo texto. Vou esperar pela continuação.
Desculpe pela extensão do comentário.
Grande abraço,
Gostaria de dizer-lhe (a Rodrigo Della Santina), primeiro, que seus comentários são sempre enriquecedores (e você poderia até escrever mais, seria ainda melhor. Segundo, sobre Dante, não é a toa que chama-no de o "homem síntese da Idade Média", sua obra, a divina comédia, tem o mérito de esmiuçar o período medievo de uma forma impressionante. Como não poderia ser diferente, em matéria de sexualidade, as imagens da obra têm um sentido de pecado, de demonizaçao e punição (grosso modo falando). Quanto à Igreja, tenho lá minhas diferenças com ela, mas a vejo também com grandes méritos (principalmente com relação aos seus pensadores progressitas ou mesmo nos partidários da teoria da libertação). Além disso, sou um fã incondicional de Maria. Talvez não na visão da corrente majoritária da Igreja, mas na sua imagem e simbologia de luta de uma mulher que anima os tempos e traz alento e amor aos seus filhos(tem um pouco da mulher nordestina). Obrigado pelos comentários
ResponderExcluirComo sempre seu texto muito bem escrito, com questões que evocam o passado, mas não se distanciam do presente....Parabéns!!
ResponderExcluirAndré, não estou conseguindo acessar os textos anteriores...Queria ler a história de Lady Godiva, mas não consegui. Você pode me enviar?
Abraço,
Marisa Casado (enviado por e-mail)
Excelente artigo, tal como os outros que tenho lido. Parabéns! Tenho recebido os seus emails através da CE.
ResponderExcluirMuito interessante André!
ResponderExcluirParabéns pelo excelente trabalho, texto, imagens, trabalho de pesquisa, edição e compilação final.
Adicionei-o aos meus bookmarks e vou enviar aos meus amigos.
Continua!
Abraço,
Rui Nascimento.
(enviado via Comunidade Espiritual de Portugual)http://comunidade-espiritual.com/mail/view/id_113332/
Olá André Agra,
ResponderExcluirGostei muito do seu blog, no entanto não sei como faço para ler os artigos de forma impressa. Por favor, se for possível me envie em formato de texto para eu imprimir, e não se preocupe que não há risco de plágio, sou pesquisadora do Videlicet e orientanda de Carlos André e Sonia Siqueira.
Atenciosamente,
Suzana Leandro. (enviado por e-mail)
Caro amigo André Agra:
ResponderExcluirMotivado pela publicidade que tem feito do seu blogue, decidi vir vê-lo e lê-lo com atenção. Parabéns por ter um blogue.
Constato que trata de temas bastante interessantes e que dão pano para as mangas. Temas que despertam em si uma perene curiosidade.
Porém (e isto digo com toda a amizade), parece-me que você (que no blogue indica ser cientista das religiões), cai com muita facilidade num estilo panfletário.
Bem sei que num blogue não dá para desenvolver muito os assuntos, mas mesmo assim fica a sensação de um estilo panfletário e, até, de um viés New Age.
Para temas que dão pano para as mangas, você cita apenas três ou quatro autores e, mesmo assim, cita alguns autores através de terceiros, isto é, você não cita
determinados autores directamente, mas sim o que outros dizem que eles disseram. E parece-me que as citações não têm os elementos todos.
Para além do estilo panfletário, fica também a sensação de que você cai numa certa apologia, distanciando-se da objectividade própria da Ciência.
Claro que a objectividade total não existe em canto nenhum. Mas isso é diferente de não se fazer um esforço para se tender para ela.
A propósito da Idade Média, se me permite, sugiro-lhe que tome conhecimento, por exemplo, da obra da grande medievalista Régine Pernoud.
Enfim, aceite as desculpas por estas observações, mas creia que são feitas com amizade e sinceridade.
Um abraço,
Pedro Almeida
Oi André.
ResponderExcluirLindo o seu texto.
é notório que os interesses religiosos afastaram
a humanidade do divino. O cristianismo é um arremedo da palavra de Jesus que veio à terra para anunciar a unidade. E para que o homem chegue à unidade somente será através da descoberta de que é co criador com Deus. A condição humana,e os seus exercícios, só interessa aos humanos.
ADorei me mande mais.
Um beijo
Magdalena
Em resposta a Pedro Melo:
ResponderExcluirObrigado pela crítica, encaro-a com naturalidade e respeito. Todavia, na realidade estou tentanto ajustar uma linguagem entre um olhar científico e um texto que tenha possibilidades de ser lido por todos ( e não intelectuais). Por isso, não posso, a princípio, exagerar em regras de citações nem explicar tudo (como gostaria e acho necessário do ponto de vista científico). Pois assim, só leriam os textos uns poucos e/ou outros ligados diretamente às Ciências da Religiões. Quanto a usar o termo "cientista da religião". Foi a nomenclatura a qual a Universidade me orientou a usasr. Inclusive, como forma de divulgar o nossos estudos e nossa área.
Confesso que foi a primeira crítica nesse sentido que recebi. Até agora as pessoas queriam que eu tornasse mais popular ainda o texto (menos citações, palavras mais acessíveis etc). E a grande maioria que opinou foi para continuar como faço (ou estou fazendo).
Quanto ao estilo panfletário e apologético (tem um pouco disso), mas me parece que nisso você exagera um pouco (talvez em função de sua ligação à ortodoxia de segmentos da Igreja Católica), como suponho, segundo pude abstrair de suas opiniões com as quais convivi por dois anos.
Mas alerto-lhe, nossos valores nos movem também, assim aprendi no mestrado, na vida e nos livros. Nesse sentido, não há como negar a existência de traços ideológicos no meu discurso. Talvez nem tanto como insinuas. Isso não significa que não terei mais cuidado daqui para frente.
Além disso, sou católico, mas não sou cego nem alheio aos novos movimentos religiosos emergentes, inclusive a Nova Era. Acho mais: essa agitação cultural e de religiosidades, possivelmente, signifiquem a possibilidade de renascimento do "sagrado" e um espaço interessante para catolicismo voltar a se fortalecer.
No mais, obrigado e fique à vontade para fazer as críticas .
Abraços carinhoso de André Agra
Vi o comentário do Pedro Melo e o seu. Penso diferente demais de Pedro. A maior virtude de seu blog é tornar leituras profundas mais leves e agradáveis, e muito polêmicas E isso é bom demais. Já imprimi alguns textos seus e levei para amicas, foi um sucesso. Não caia na tentação de escrever só para cavernas intelectuais. Eu, por exemplo,sou sua leitura assídua por essa sua forma de escrever e dos temas que você escolhe. É o máximo. O difícil se torna fácil para muitos. Sou sua fã e seguidora...............
ResponderExcluirParabéns pelo seu sucesso
beijinhos...
Carla Colaço
Andre tudo bem??
ResponderExcluirEu tava lendo umas coisas aqui sobre Lilith no wikipedia mas existem tantas versoes sobre a criacao dela e quem foi realmente...se quiser uma sugestao de post pro seu blog, eu adoraria ler algo sobre ela!
Beijos!!!
Kécia, alguns textos meus falam um pouco de Lilith, mas é uma boa sugestão essa sua.
ResponderExcluirA terceira imagem mostra um vestuário claramente Tudor/Elisabetano. Portanto, não pertence à idade média e é posterior ao início do amor cortês.
ResponderExcluirA sétima imagem apresenta uma mulher com descendência asiática, não sendo, portanto, o melhor exemplo para uma mulher católica medieval.
Favor corrigir.
Quer se autopromover? comentário inútil.
ExcluirObrigado Ofélia, suas observações são corretíssimas, no entanto, na terceira imagem, a ideia for enfatizar a galenteria, por isso, a imagem utilizada. Do mesmo modo, em relação à sétima imagem a ideia não foi representar a "mulher católica" e sim tentei com o jogo de cores representar a idealização da virgindade.
ResponderExcluirBom texto, o catolicísmo é corrompido por natureza, o significado da vida é a prática do sexo entre homem e mulher. Por isso é alvo de toda sorte de maldição dessa seita pagã.
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