sábado, 27 de julho de 2013

O teu verde.






As sombras dos galhos, do "longe", de um "ontem",
Firmam-se sorrateiras, na parede; 
Reflexos vivos nos ramos de uma linda vegetação 
verde escura, de tom noturno... seria Lilith?

Envolvem a cabeça e se derramam pelo ombro, 
Pelo canto, e por todo corpo a fora...

O olhar já impregnado da cor,  
De um verde oliva, atento, até ofusca,
Mas não tem o poder de rebater "tudo"!

O Amor tem suas armas
E Afrodite é tão forte quanto Hera.


Um "ente" da natureza, como uma deusa do bosque, 
Convida para o deleite, mas tem força suficiente para devorar. 
O mistério ronda, um enigma, como posto a édipo, 


Um quadro perfeito, e como tal...
Não cabe mais "nada", nem ninguém; 

Mas apreciar, pode; desfrutar, só com coragem; 
Ficar, "jamais"! 

Só suas raízes ficam, por serem raízes.  


Mas não esqueçamos, existem os ventos, fortes e destemidos, 
E esses com o tempo conseguem até moldar naturezas, 
Quiçá mudá-las .... só em lendas, fábulas?!!!!.


Para quem possa acreditar!!! Resta a esperança 
do verde noturno transmudar-se em verde esmeralda.... 




sexta-feira, 22 de março de 2013

Amor à estética?




Já é “lugar-comum” a crítica da intelectualidade (e outros) ao apego exagerado da sociedade contemporânea a “estética corporal”, o culto ao corpo, a busca por uma beleza idealizada pela mídia; uma verdadeira “tirania do belo”; o que é legítimo!  No entanto, poucos se preocupam em tentar compreender minimamente a razão dessa louvação à Afrodite. Por que será, então, que estamos nos “estruturando” em torno desse “mito da beleza”? Será que as novas gerações não se decepcionaram com as promessas dos grandes sistemas de pensamentos, “adoradores” de mergulhos profundos em busca de um endeusamento da razão? ... André Agra

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013