segunda-feira, 8 de março de 2010

A "infidelidade feminina" e a moral católica

Helena e Paris - Na Ilíada, Helena foge com Páris para Tróia e abandona seu marido (Menelau).


Tentaremos abordar brevemente o tema infidelidade sexual, sob o ponto de vista da mulher e como fenômeno contemporâneo, destacando à medida do possível os seus conflitos com a doutrina moral católica.

Acrescento: esses conflitos ficarão mais evidentes em um artigo seguinte dedicado à moral sexual relativo à mulheres consideradas “católicas praticantes” (inclusive as do movimento carismático).

Nossa conversa se fundamenta em pesquisas bibliográficas (inclusive documentos oficiais da igreja) e pesquisa de campo (entrevistas).

As entrevistas foram realizadas, em 2008/2009, com 130 (cento e trinta) mulheres de classe média ou alta, entre 18 e 44 anos, originárias de cinco cidades nordestinas: João Pessoa, Campina Grande, Natal, Recife e Salvador.

Foram abordados os seguintes temas: virgindade, masturbação, fidelidade, desejos, culpa, aborto, união civil (relações homoafetivas), pecado original, crença na virgindade de Maria etc. Aqui, por enquanto, discutiremos a variável pesquisada: relativização da fidelidade sexual.


Falemos então sobre a (in)fidelidade.

Foi observado, no discurso das mulheres mais afastadas do catolicismo institucional, que quase a metade das entrevistada (48%) reconhecem que a fidelidade ao parceiro perdeu um pouco de sua sacralidade, ou seja, não é algo tão fundamental (indiscutível) em uma relação. Podendo até ser flexibilizada.

Tentemos, pois, compreender alguns aspectos desse fenômeno social, que é sempre polêmico.

Primeiramente, é bom que se diga: falar em infidelidade, nos dias atuais, é também discutir um pouco a liberdade sexual conquistada nas últimas cinco décadas pelas mulheres. E mais: o velho jargão popular "o homem, tudo pode..." parece caducar um pouco, pois nos obriga a perguntar: "e a mulher?"

Nesse sentido, o movimento jovem das décadas 60 e 70 (e falamos especialmente dos Hippies, ao som do rock and roll e de seus famosos slogans Peace and Love) não teria sido revolucionário se não tivesse se posicionado também em flagrante discordância aos valores tradicionais da sociedade, incluindo a moral sexual. 

Uma moral que era permissiva com a infidelidade masculina mas condenava veementemente a infidelidade feminina.


Na realidade, a sociedade impôs uma repressão muito intensa à mulher e a sua sexualidade. Além de tentar "guardá-las" nas paredes do lar, restringí-las ao doméstico, melhor dizendo, consagrava o modelo burguês (do século XIX): mulher maternal, passiva e quase assexuada.

Todavia, esse tipo de modelo começou a se desmoronar (falamos em termos de tendência). Não no ritmo "cantado" em Woodstock (lendário festival de rock ocorrido nos Estados Unidos, em 1969). Mas, simbolicamente, a partir desses anos rebeldes "iniciou-se" um processo de profundas mudanças no comportamento sexual das mulheres.

Notemos, por exemplo, o caso dos anticoncepcionais modernos (figura importante nesse contexto). A pílula apareceu como uma «ferramenta definitiva para iniciar a liberação das mulheres». O seu uso maciço permitiu a mulher separar «o desejo sexual da vida familiar», ou seja,  fazer amor sem o risco de engravidar. Isso, parece-nos, de uma importância fundamental para se compreender esse processo.

Podemos ainda levar em consideração o pensamento de Alain Corbin, para quem o mundo viveu entre a pílula e a aids, os trinta anos gloriosos (Trente Gloriuses) da sexualidade. O direito ao prazer associado à liberdade de não procriar – espécie de um "não" ao "multiplicai-vos" (Corbin).


Célebre à época a discussão sobre o pensamento da francesa Simone de Beauvoir (e seu polêmico livro O segundo sexo). Uma das maiores expressões intelectuais do feminismo ocidental, casada com o filósofo Jean Paul Sartre, com o qual mantinha uma espécie de "casamento aberto".

Beauvoir faria críticas contundentes às diferenças existentes nas relações de gêneros (entre homens e mulheres), em especial no tocante à liberdade sexual, incluindo-se o casamento, por ela considerado um “verdadeiro cárcere para a mulher”.

É sua a famosa frase: "não se nasce mulher, torna-se mulher"- crítica a um modelo de mulher ocidental, construido culturalmente, mas imposto à mulher como se fosse um desenho natural (ou divino).


Esses ares de liberdade sexual, soprados desde a década de 60, parecem influenciar o comportamento atual, não obstante, o surgimento de movimentos de (re)valorização de comportamentos (no sentido de valores)  considerados conservadores.

Associemos a tudo isso um mundo onde o culto ao prazer (o hedonismo pós-moderno) é bastante estimulado, impulsionado por um nítido desejo de consumo (vejam os shopping centers), inclusive em forma de satisfação sexual.

Agora, juntemos a tudo isso: 1) o direito (ou quase obrigação) ao prazer sexual; 2) a prática de uma liberdade sexual cada vez mais vanguardista, olhem, por exemplo, o que acontece nas festas de rua, onde quase tudo é permitido - nossos carnavais sem máscaras são talvez mais ousados que as antigas (e novas) festas privadas dos carnavais venezianos; 3) as possibilidades criadas no silêncio da noite (ou do dia) pela internet e suas redes virtuais; 4) o crescente culto ao corpo e seu narcisismo inconfundível; 5) e a independência financeira vivida em algumas classes sociais.


Forma-se, assim, um quadro onde o conceito de fidelidade pode se “relativizar”, como bem indicou as pesquisas. Isso do ponto de vista de fenômeno social e não sob o enfoque psicológico. E ressalvemos: estamos discutindo o fenômeno social infidelidade e não fazendo julgamento de valores (de mérito) ou justificando uma ou outra corrente de pensamento ou de comportamentos, pelo menos assim o pretendemos.

Há quem diga, como o antropólogo Roberto Albergaria, que “a traição chegou a um ponto que perdeu o charme transgressivo à medida que se generalizou”. Ou como historiador francês Gèrard Vicent, talvez exagerando, para quem está surgindo uma espécie de monogamia flexível como modelo para os casamentos de nossa era. Mas não sejamos tão radicais assim.
Do ponto de vista religioso, é importante frisar: tais perspectivas comportamentais cria uma zona de ruptura cultural intensa entre a moral sexual mais laica e a religiosa (em particular, com o catolicismo).
Há também uma boa discussão sobre a questão da culpa (não a travaremos agora, mas ela é importante e tem muito haver com o cristianismo, em particular com a tradição católica)

Mas voltemos um pouco à questão do hedonismo pós-moderno (o culto ao prazer de nossos dias).

O filósofo contemporâneo Michel Maffesoli defende a tese de que vivemos os tempos de retorno de Dionísio, deus do vinho, em contraponto ao deus Apolo (relacionado à moral, ao controle de si). Não esqueçamos que os cortejos dionisíacos são marcados pela presença de mulheres, em êxtase, segurando plantas.


Nesse efervescente clima de desconstrução e transformações de valores surgem questões que não podem passar despercebidas, até porque impactam diretamente a questão da moral sexual. e da (in)fidelidade.


Uma delas é a inversão do processo repressivo, ou seja, ao invés de se tentar conter a sexualidade e o prazer (típico da era burguesa e da moral sexual pregada pela Igreja), instaura-se uma espécie "obrigação" de se ter prazer, de buscá-lo a todo custo (extremos de consolidam).

Além disso, percebemos a consolidação de um conceito estético de beleza, no sentido de consumo e objeto erótico (o que é pior) que escraviza a mulher. Pois, sua massificação termina por elaborar um modelo ideal inantigível à grande maioria (como todo ideal), bem diferente dos anseios das lutas feministas das décadas de 60 e 70.

Bem nos representa essa simbologia estética a brasileira: Gisele Bundchen - um ícone de beleza da pós-modernidade, mas uma beleza perece-nos distante do mundo real. O que não deixa de causar um certo sofrimento numa gama de mulheres que não atendem essa padrão idealizado. 


No fundo, assistimos à generalização das atividades físicas de maneira a preparar o corpo para ser mostrado (como objeto de culto hedonista), a despeito de falarmos em geração saúde. A intenção é estarmos com o corpo sexualmente atrativo.

Queira ou não, uma alteração radical na maneira de se perceber e lidar com o corpo, sem o "pudor" e a "vergonha" de outros tempos na esfera pública (ex. os biquínis e o top-less de muitas praias ).

É bom lembrar que a figura da Virgem Maria chegou a ser concebida como um «padrão de beleza para o Ocidente, (por ser "pura") como Vênus teria sido para a antiguidade greco-latina». Miguel Ângelo faz essa exaltação em sua obra prima La pietta, um retrato fiel dessa relação: puríssima e bela (Gilbert Durand).
Nesse contexto, forma-se uma configuração de tensão inevitável com a igreja católica, uma situação potencializada pelo conservadorismo do último papado (João Paulo II) e do seu sucessor, Bento XVI. Ainda não se pode falar do novo Papa.

Alguns vislumbram o mundo se dirigindo para um lado e a Igreja em sentido contrário. Não poderíamos concordar plenamente com a afirmação, pois existem correntes progressistas dentro do catolicismo, além disso, nessa questão não é raro encontrarmos discursos e comportamento dicotômicos.

Quanto à infidelidade propriamente dita, a doutrina moral da igreja católica é enfática sobre o assunto. Vale citarmos a Encíclica Papal: Humanae Vitae de Paulo Vi (1968), ao falar do amor e da fidelidade na relação conjugal: (...) «É ainda, amor fiel e exclusivo, até à morte (...). Fidelidade que por vezes pode ser difícil; mas que é sempre nobre e meritória, ninguém o pode negar. (...) ».

Vejam o distanciamento dessa posição com relação ao discurso observado na nossa pesquisa.

E outras pesquisam apontam números parecidos com a nossa. Por exemplo, a pesquisa denominada Mudanças nos papéis de gênero, sexualidade e conjugalidade nas camadas médias urbanas do Rio de Janeiro, coordenada pela antropóloga Mirian Goldenberg, verificou, em um total de 166 mulheres pertencentes à camada média urbana carioca, 54,3% haviam sido infiéis.

Verificou-se ainda na pesquisa referida pesquisa que abaixo de 30 anos o percentual de infidelidade feminina é maior do que a média, chegando a 60% em mulheres com até 20 anos.

Confirma essa percepção, a respeito da infidelidade feminina, o sociólogo Antony Giddens, segundo o qual: «La proporción de mujeres casadas durante más de cinco años que han tenido aventuras sexuales extramaritales es hoy virtualmente la misma que la de los hombres ».

Bem diferente, o resultado com as mulheres católicas carismáticas, para as quais 88,00% afirmam ser a fidelidade primordial numa relação, sem possibilidades de flexibilização. Em comunhão com a opinião oficial da igreja sobre a matéria.

Como se vê há uma dicotomia evidente entre a moral sexual pós-moderna presente nos discursos de mulheres ligadas diretamente a Igreja e as mulheres mais laicas (ou seja, mais distanciadas dessa tradição religiosa).

(Fizemos uma nova edição do texto, inserindo novos comentários que achamos hoje devidos)...

Texto baseado na Dissertação de Mestrado de André Agra, na Pós-graduação de Ciências das Religiões (UFPB). As discussões e dados mais completos da pesquisa sairão no Livro Moral Sexual: as mulheres pós-modernas no “Confessionário” (a ser lançado em breve).


16 comentários:

  1. Oi André!
    Esse assunto é mais polêmico do que deveria ser. Se há infidelidade, é porque há insatisfação ou curiosidade. Só isso! E não importa o sexo da pessoa ou a religião. Infidelidade também não tem nada a ver com feminismo e sim com educação, cultura. É claro que numa sociedade machista, quando a mulher conquistou o direito de ser e 'dar' sem ser apedrejada, a alforria sexual feminina deu o que falar e ainda dá, simplesmente porque ainda vivemos numa sociedade machista, do contrário não existiria a expressão 'infidelidade feminina'. A questão é que sob um aspecto cultural a satisfação da libido tornou-se bastante equivocada e as pessoas se perdem no próprio prazer por falta de orientação, de princípios, de lucidez sobre seus objetivos como ser humano, se deixam levar pelo fluxo, pela cultura de mídia, pelas capas de revistas, que são apenas exemplos, não regras ditatoriais. Por exemplo, a Gisele Bundchen tem um corpo completamente diferente do meu e nem por isso eu deixo de ser bonita, atraente. Isso tudo é muito paramétrico. Nós duas somos exemplos de realidade e conveniência comercial. Ela está na capa por unamidade, mas poderia ser eu. O que não pode acontecer é eu me abater pelas escolhas da sociedade. A beleza e o sexo, na minha opinião, estão relacionados à realização pessoal, que só se obtém amando! :P
    Beijo!

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  2. Oi Andre!!!!

    Parabéns pelo sucesso do teu blog. Os textos sao muito interessantes...vou continuar lendo.

    1 beijao!

    Janaína Ramalho

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  3. Parabéns, André!
    Um abraço,
    Carlos André.

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  4. Parabéns pelo Blog.
    Sugiro aumentar a fonte e/ou colocar en negrito que no caso, seria em "branquito" pois a cor da letra é branca, pois o pano de fundo do texto tá escuro e "cansa" a vista...negócio de véio mesmo né, kkkkk

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  5. Impressiona os números, mas não surpreende tanto, sentimos isso no nosso dia-a-dia. O raciocínio sociológico é incrível. Parabéns e viva a liberdade da mulher....Bjssssssssss

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  6. Não podemos, ao nosso ver, reduzir o fenômeno "infidelidade feminina" a um ou dois fatores. É uma espécie de "ação social" plural, multifacetada.
    E a religião (os dados demonstraram claramente isso) e o gênero (mulher) importam bastante, pois a cultura forja papéis sociais e os impõem, no caso, aos "sexos" (ex. o modelo burguês para a mulher).
    A cultura castra e pune quem foge a esses "arquétipos sociais". E as mulheres pagaram um preço muito grande por isso durante muito tempo. Quanto ao conceito de beleza, também concordo (pessoalmente) que o padrão estético de Giselle não exclui outras belezas, mas, por outro lado, a mídia (no seu sentido mais amplo) nos inunda com uma inflação de imagens que constroe, no senso comum, um modelo do tipo Giselle (o que não é nada bom, mas é uma "realidade").

    Obrigado, pelos comentário

    André Agra

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  7. Título : Comentário
    Classificação : Excelente!
    Conteúdo :

    Incrível o blog, inteligente, culto, atraente e cheio de curiosidades


    Os nossos Cumprimentos,

    mundoPT Team

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  8. MUITO-BOM.OBRIGADA,PELA-PARTILHA!

    Tatiana dos Santo, Santarem, Portugal

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  9. oi Andre
    li o texto do blog
    agora quero ler o livro todo.

    De: Giselle Tavares

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  10. Oi, André.

    Simplesmente fantástico. A cada novo texto, fico mais ansiosa, esperando o próximo.

    PARABÉNS!!!

    Juliana Lucena

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  11. Olá andre agra,

    PAPOILA OLGA deixou-lhe um comentário na CE.

    "ola amigo achei este asunto importante mas acho tb que terei de reler obrigada por compartilhar beijos em seu coraçao"

    GARGES LES GONESSE
    France
    Última entrada: 3 horas atrás
    http://comunidade-espiritual.com/andreagraagra/blog/infidelidade-feminina-e-moral-catolica/

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  12. André parabéns pelo teu blog.

    Quanto ao tema (in)fidelidade conjugal gostaria de acrescentar uma observação, especificamente no que tange a 'confusão' de significados entre (in)fidelidade e traição.
    Como observamos o primeiro ao termo caberia parênteses, o mesmo não acontecendo com o segundo. Isto considero uma mínima 'pista'.
    A (in)fidelidade poderia ser relativisada, levando-se em conta que existem contextos culturais diversos e compreensões distintas sobre o papel do homem e da mulher em uma relação conjugal.
    A traição estaria associada diretamente à ética humana, tem-se dela uma perspectiva mais abrangente, nas relações humanas. E pode ser dolorosa de sentir, atravessando as perspectivas de fraternidade, amizade, confiança, parceria, por ex., atingindo diretamente o ser e o coletivo ao qual pertence.
    Traição liga-se não apenas ao espaço do 'interdito' coletivo, mas do taboo social.
    Historicamente, nas sociedades ocidentais, as punicões pela (in)fidelidade ligam-se ào gênero feninino, entretanto às traições as penalidades colocam-se no espaço dilatado de gênero - masculino e feminino.
    No contemporâneo necessitamos observar com mais acuidade as modificações propostas nos significados sociais dos termos, para haver o mínimo de compreensão dos desdobramentos que trarão.
    Tereza Santana

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  13. OLá André,que bom ler o texto e compartilhar as informações, concordo com Renata(comentário) quando ela diz que há infideidade por 2 motivos: insatisfação ou CURIOSIDADE.Muito bom o blog e também gostei muito dos comentários.Parabéns e espero ansiosamente o próximo TEXTO.Abraços.
    Andrea Cahino

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  14. A infidelidade realmente é um assunto muito polêmico, sempre foi e será enquanto as pessoas insistirem em serem “donas” e não companheiras umas das outras. Digo isso porque a infidelidade ou a traição só acontece quando o amor e o respeito ou acabaram ou estão por um fio.
    Em relação a esse assunto, minha opinião provavelmente escandalizará, pois eu acredito que o ser humano não nasceu para amar uma única pessoa de cada vez, mas sim a muitas, é o que nos ensinam desde o nosso nascimento, primeiro são os pais (dois), segundo os avós (quatro), depois os tios, primos, padrinhos (dois), e por aí vai. Depois de termos computado isso na nossa memória, chega a vez dos amores por nós escolhidos, que se passarem de um, viram traição, infidelidade, polêmica...!
    Eu acredito que está na hora de haver uma mudança radical nesse conceito, pois quando as pessoas conseguirem ser honestas consigo mesmas, elas serão capazes de distinguir amor verdadeiro de atração física e aí a traição será um conceito totalmente ultrapassado e prevalecerá a única coisa que realmente importa em um relacionamento, respeito e amor mútuos.

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  15. O que se chamou de "flexibilização" do comportamento sexual feminino(tal como sempre ocorreu no masculino) é algo que veio para ficar, quer gostemos ou não. Tem a ver com a emancipação financeira da mulher, opção por não ter filhos ou ter poucos filhos, e maior abrangência de relacionamentos, haja vista trabalho, internet, celular, etc...me parece inutil lutar contra esta tendência. Sua anãlise quanto ás mulheres religiosas deve ser interessante, pois ali deve prevalecer a idéia do controle, mais apolínea. Se bem que vejo em retiros e mesmo em locais religiosos muita insinuação, muita aborgadem do desejo, talvez que não se concretiza, outras vezes, sim.

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  16. Se olharmos a infidelidade feminina em termos ocultistas existem três tipos de mulheres:
    A mulher EVA-VENUS- Instintiva – Que se deixa levar pelos sentidos, e extremamente sensual, sedutora, tenta seduzir sempre alguém, é a mulher representada no Génesis como Eva, que deu o fruto proibido a Adão;
    Depois temos a VENUS-EVA – Muito humana que ama intensamente quando encontra um homem que a sabe amar. Seu interesse é sempre querer formar um lar, ter filhos;
    O terceiro tipo de mulher é a VENUS-URANIA – Muito humana, consciente e cheia de sentimentos espirituais. São mulheres revolucionárias, que não se conformam apenas em ter uma família, marido e filhos. Procuram sua realização tanto a um nível humano como espiritual; lutam, trabalham, fazem tudo para atingir seus objectivos. Neste tipo de mulher encontramos autênticas iniciadas em ocultismo, esoterismo, geralmente fazem parte Lojas de Adeptos da Fraternidade Branca.
    O quarto tipo de mulher é a URANIA-VENUS – É a mulher que conseguiu ser Mestra dos Mistérios - Maria a Mãe do Divino Mestre, Jesus, o Cristo era deste tipo de mulher.
    No princípio os seres humanos eram andróginos, depois hermafroditas, e no tempo da antiga Lemuria, veio a divisão dos sexos. Hoje, para evolucionar temos que praticar (alquimia sexual).
    Fomos expulsos do Jardim de Éden por causa do sexo e podemos regressar através do sexo sagrado (Maithuna)
    José Reis

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