sábado, 27 de julho de 2013

O teu verde.






As sombras dos galhos, do "longe", de um "ontem",
Firmam-se sorrateiras, na parede; 
Reflexos vivos nos ramos de uma linda vegetação 
verde escura, de tom noturno... seria Lilith?

Envolvem a cabeça e se derramam pelo ombro, 
Pelo canto, e por todo corpo a fora...

O olhar já impregnado da cor,  
De um verde oliva, atento, até ofusca,
Mas não tem o poder de rebater "tudo"!

O Amor tem suas armas
E Afrodite é tão forte quanto Hera.


Um "ente" da natureza, como uma deusa do bosque, 
Convida para o deleite, mas tem força suficiente para devorar. 
O mistério ronda, um enigma, como posto a édipo, 


Um quadro perfeito, e como tal...
Não cabe mais "nada", nem ninguém; 

Mas apreciar, pode; desfrutar, só com coragem; 
Ficar, "jamais"! 

Só suas raízes ficam, por serem raízes.  


Mas não esqueçamos, existem os ventos, fortes e destemidos, 
E esses com o tempo conseguem até moldar naturezas, 
Quiçá mudá-las .... só em lendas, fábulas?!!!!.


Para quem possa acreditar!!! Resta a esperança 
do verde noturno transmudar-se em verde esmeralda.... 




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