quinta-feira, 11 de novembro de 2010

O amor (Eros) e o sexo (Afrodite): dramas da pós-modernidade.


Tentaremos discutir o suposto fenômeno contemporâneo de  enfraquecimento do amor (Eros) e a valorização da cultura do prazer erótico, melhor, do sexo.

Antes de tudo, é importante que se diga: a sexualidade vem sofrendo significativas transformações no âmbito sociocultural, em particular no tocante à moral sexual da mulher pós-moderna (discutimos isso em textos passados).
 


Além disso, assistimos a elaboração de uma nova “ordem moral”, sob uma perspectiva de arrumação social na qual a busca obsessiva pelo “prazer erótico”, hoje cultuado e glorificado, tem uma relação muito estreita com o ímpeto consumista vivido no Ocidente.

No fundo, era como se houvesse uma “subjugação do sexo ao comercial”. E isso é bem nítido na “invasão de imagens sexuais que aparecerem em quase toda parte no mercado, como uma espécie de empreendimento comercial gigantesco”. (Os filmes são bons exemplos disso).

( Entre lençóis, um drama no qual todas as cenas são gravadas em um motel)


Mas alertamos: tal situação não deixa de ser um contrassenso à pregação dos anos áureos da rebeldia (1968), uma espécie de ano simbólico para as transformações morais que viriam a marcar a pós-modernidade.

O movimento Hippie, por exemplo, ao defender a liberação sexual o fazia num sentido de exaltar “valores humanístico”. As feministas, ao seu modo, lutavam para libertar o “corpo” da mulher dos grilhões impostos por uma sociedade conservadora e machista.


Não imaginavam, tanto um como outro, o surgimento (logo nas décadas seguintes) de uma nova forma de submissão que atingiria  em cheio a mulher. Uma submissão relacionada, principalmente, à "estética" e a "ditadura do prazer".  

Isso não significa, obviamente, que a mulher não tenha se beneficiado de suas conquistas, em matéria de moral sexual. Destacaríamos por ora o fato de a mulher passar a ter o domínio de seu corpo e de seu prazer, sem tantos tabus e/ou pressões sociais!

Algo fundamental para uma sociedade que se diz justa, e um importante contraponto aos modelos autoritários, criados por uma sociedade androcêntrica (centrada no homem) e profundamente sexista. Duas características culturais do Ocidente em fase de esgotamento tardio.


Estabelecidas, então, essas ideais iniciais, passemos a nossa discussão central, ou seja, há realmente um cisão entre o sexo e o amor

Tentaremos usar os mitos para respaldar nossa análise. 



Nesse sentido, ousaríamos fazer duas perguntas: 1) estariam as flechas de Eros (deus do amor) ou as flores de Kãma (deus do amor indiano) em desuso, aposentadas?  2) a busca do "sexo pós-moderno" é, em resumo, uma fuga do amor, de Eros?

Situaremo-nos em discordância respeitosa  a essa tendência de pensamento, segundo a qual haveria esse afastamento crescente e abismal entre o amor e o sexo.

Preferimos crer na (re)adaptação dos encantos divinos do Eros às circunstâncias culturais. Melhor dizendo, se as serenatas, os buquêres de flores, as cartas de amor deixaram de "existir", não significa que os e-mail, os torpedos, as intervenções nas redes sociais, as novas abordagens, também, não possam exercer essas funções amorosas. E o fazem! O amor é imprevisível e às vezes nas cenas mais abstratas ele se corporifica, faz-se refletir como imagem e sentimento.



 Pensemos, por exemplo, em Matrix - possivelmente um símbolo formador de mitos de nossos tempos.

Pois bem. A força do amor de Trinity (psiquê) e sua dedicação, ao seu amado, Neo, fez ele renascer. Poderíamos dizer que Romeu e Julieta ou Tristão e Isolda se amam mais do que o casal Neo e Trinity?

Ora, os mitos se tocam! O passado e o presente futurista convergem, cada um a sua maneira, mas denotando uma essência comum (a força do Eros). Sob esse ponto de vista, o Olimpo (a casa dos deuses gregos) e o filme Matrix estariam bem mais próximos do que imaginamos.
 
Concentremo-nos, então, nessa "força do amor":

“Eros nasce sob o signo da eterna beleza”, por isso “vive a sua procura eternamente”, ou seja, busca o tempo todo o “belo” (no outro ou eu projetado).

Um belo que não se resume à estética (física), pois ele tem desejo de mais, das qualidades do amado, por exemplo, sejam elas reais ou idealizadas.
 

Além disso, segundo algumas narrativas mitológicas, o amor (Eros) é poderoso em recursos (herança de seu pai, Poro). Sabe, no entanto, que não tem nada garantido (os amantes convivem com essa incerteza). Mas, por ter essa consciência, ele “quer muito”, e luta incansavelmente por isso (lembrem-se da luta de Trinity por Neo ou de Abelardo por Heloísa).

Por outro lado, de sua mãe (Pênia, a pobreza), o Eros (o amor) herdou a penúria. Sabedor disso, “quer sair de si e aspira por saber, por beleza e fecundidade”, e tenta fazê-lo a todo custo.

Pois bem. O amor (como sentimento humano) traz em si muito disso, ou seja, ele é ávido, parece sempre com muita sede e fome de desejo. E tem força (potencial) suficiente para desejar a totalidade do outro, a sua dedicação, o seu corpo, sua alma...


Mas também é ciente da dor de não ter nada (a pobreza) e torna-se, muitas vezes, possessivo e até deveras irracional (a insegurança lhe atormenta).
Difícil não reconhecermos esses sentimentos decantados nos mitos em nossa sociedade, em nossas mentes, seja hoje, seja no passado mais longínquo. O mito faz-se vida! E vida tem haver com amor.

Por isso, não teríamos dúvidas em afirmar: Eros não morreu! (mesmo o Eros romântino, e não estamos falando rigorosamente do amor romântido do século XIX).
 
Parece mais que ele está se disfarçando, nas fantasias virtuais, na volúpia pelo “tudo”, na inflação de imagens, na insegurança de nossos tempos. Aqui e ali, ele deixa rastros claros.

O desejo erótico não deixa de ser  seu delator, a vontade de ser grupo tem seu cheiro; as pessoas procuram hoje se unirem em redes, em tribos, em grupos. Há uma força de coesão dionísiaca nisso tudo que tem também a cara de Eros

 
Mas para não parecermos tão tendiosos, citaremos alguns argumentos em contrário a nossa argumentação, vejamos:
 
Então, para muitos estudiosos do assunto, o amor (O Eros romântico) parece cada vez mais raro. Para eles, era como se as pessoas se unissem “às outras mais por uma busca sexual e por um alívio de tensão, gerando vários tipos de amores, que nada se parecem com o amor romântico.”
 
Uma postura radical? Sim! Mas ela tem também muitas verdades.

Por exemplo, impressiona a quantidade de casamentos e uniões de poucos anos (entre pessoas jovens), nos quais se percebe uma dilaceração da intimidade, da “emoção romântica”.

Jovens casais vivendo relacionamentos nos quais o sexo, apaixonado e intenso, é uma figura quase ausente (fictícia), ou seja, a atividade sexual (erótica, no sentido do Eros) praticamente não existe.

Cria-se uma cela onde a solidão do "um" reina e a esperança do "dois" tem dificuldades de penetrar. O colorido do amor se torna opaco.
 

Parece não haver tempo suficiente para se amadurecer a sexualidade do casal. Ou tudo se desenvolve rapidamente, ou senão abre-se um imenso campo para o desânimo, ao desinteresse mútuo.

Em resumo, começa-se um relacionamento já se antevendo a possibilidade de se buscar um outro, e outro....( como se diz: “a fila anda”).


Outro bom exemplo dessa ideia é o chamado sexo casual. É comum, hoje em dia, encontrarem-se mulheres em busca de uma “relação passageira” com fins exclusivos de prazer sexual.

Sem nenhuma intenção de construir um compromisso sério, simplesmente para se divertir (o que ao meu ver á legítimo, mas essa não é a questão!).


O cotidiano está cheio de testemunhos de mulheres as quais pronunciam sem medo: não faço tanta questão de “fazer amor” com meu marido, algumas vezes até dizem: prefiro comprar uma roupa, ou ir a um passeio, “sair com as amigas”, mergulhar nas redes sócias, “fazer sexo virtual” etc.


Não que tudo isso não existisse no passado, mas hoje com a liberdade e igualdade nas relações tais situações são paradoxais, parecem entranhas. Em tese, esperava-se mais das relações.




A ausência da intimidade, no sentido de se buscar a construção de uma relação duradoura (palavra em desuso hoje) e um amadurecimento da vida sexual cada vez mais íntima e prazerosa, simplesmente não acontece. Desiste-se já no início, ou leva-se a relação por inércia.



Há casos de mulheres as quais sua intimidade é mais discutida com seus “parceiros virtuais” do que com o seu próprio companheiro.

Claro que o sexo de hoje por ser mitificado e massificado (via televisão, internet, filmes..), tende a exibir uma imagem de um sexo muito intenso fisicamente, quase acrobático e sem tantas regras pudicas. Um reino de fantasias, para muitos, não vivenciado em casa.


Isso causaria, a nosso ver, desequilíbrios emocionais e inseguranças, com todas as suas consequências em termos de impotência sexual, frigidez, desânimo com o parceiro e até mais um estímulo à infidelidade.


Junte-se a isso o argumento de autores mais radicais, para os quais o Eros perde o seu valor originário e agrega-se apenas ao desejo sexual. Nesse aspecto, se instauraria um cenário de separação entre o amor e o sexo, pelo menos dentro de relações mais estáveis.

No entanto, volto a minha argumentação inicial, e faço-o crendo que por trás dessa aparente cisão entre o sexo e o amor, ainda guardamos uma espécie de tendência humana nata (um arquétipo, talvez) para amar.
 

Os mitos não mentem! Era como se estivéssemos parecendo se distanciar do Eros (do Amor), mas ao mesmo tempo o fizéssemos sem poder negar a sua existência impregnada ao nosso ser.

Uma contradição? Uma visão muito romântica da vida de Eros? É possível. Não descartamos essa possibilidade.

No mundo dos sentimentos e das sensibilidades, a razão e sua arrogante lógica tem lá suas limitações.


E convenhamos: mesmo do ponto de vista "estritamente sexual", difícil imaginar uma relação só corpo, pelo menos em regra geral.



Pensem bem: havendo algum tipo de atração entre corpos, há a possibilidade de se estabeler algum tipo de sentimentalidade (o mínimo que seja).

Quando dizemos: a "carne fala", "sente", estamos também usando a linguagem do Eros. E é difícil provar em contrário!


E por mais que se diga: "o amor está morrendo", "se faz sexo sem nenhum sentimento", "vale só o prazer do momento", prefiro a poesia atualíssima do gênio inglês, Shakespeare:

 (...)

O amor não se transforma de hora em hora,

Antes se afirma para a eternidade.

Se isso é falso, e que é falso alguém provou,

Eu não sou poeta, e ninguém nunca amou.


Fontes:

A sombra de Dionísio, Michel Maffesoli.

http://www.frb.br/ciente/PSI/PSI.BATISTA.etal.F2%20.pdf2 (MAY, Rollo. Eros e repressão: amor e vontade. Petrópolis: Vozes, 1973).

GIDDENS, Anthony. A transformação da intimidade. São Paulo: Editora Unesp.
 http://www.istoe.com.br/reportagens/44777_9+MITOS+SOBRE+O+AMOR

RAY, Rollo. Eros e repressão: amor e vontade.

http://www.humanitates.ucb.br/3/eros.htm

http://mulher.terra.com.br/interna/0,,OI1472286-EI4788,00-Mulheres+tambem+apostam+no+sexo+sem+amor.html

Falando de Shakespeare, Bárbara Heliodora.

7 comentários:

  1. Excelente a intervenção!estava mesmo pensando nisto esta semana... contribuo: o movimento feminista desaguou naquilo que os religiosos cristãos mais queriam: uma vez "libertadas do jugo religioso", onde as mulheres deveriam ser virgens, castas e depois mães, o que primeiro buscaram... foi sexo e poder, aquilo que mais criticavam nos "monstruosos homens"! vai ser preciso mais um tempo pra ocorrer uma reflexão séria sobre o que raios as mulheres estão fazendo com a oportunidade tão sonhada e finalmente chegada...

    Prof. Ana Paula - UFPB

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  2. André,

    O texto é muito bom, tão bem escrito que ao final ficamos tentados a concordar com as duas opiniões, e acredito que na realidade existem as duas versões na vida real. Ou melhor as três: Existem as pessoas que unem sexo ao amor; as que fazem sexo por mero consumo; e as que unem sexo e amor e eventualmente se rendem ao sexo como consumo sem compromisso, sem amor. E acho que isso sempre existiu, a diferença é que hoje podemos falar abertamente, e os meios de divulgação ampliam essas falas, colorem e movimentam.
    Discordo quando você fala que nesses encontros casuais, quando a “carne fala”, possa ser considerado como um pouco de amor. Vejo como simples desejo, vontade, tentação. Comparo a vontade que temos de comer determinado alimento, ou de fazer determinada atividade. Não vejo qualquer semelhança com amor por menor que seja ele.
    Mas enfim, seus textos são muito bons e nos estimulam a pensar estou adorando. E por favor me perdoe por ousar discuti-los, mas é que é isso que eles fazem nos estimulam a pensar e discutir.

    Obrigada por me incluir no seu grupo de privilegiados para receber seus textos por e-mail.

    Carla Felinto.

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  3. Obrigado Carla por seu comentário.

    Quanto à sua consideração em não concordar com a presença do "Eros" no "sexo casual", concordo que essa forma de satisfação é mais relacionada ao desejo, a tentação

    Ainda assim insisto na tese da existência de uma sombra de eros (erótica) mesmo numa relação passageira, efêmera. Pois, os corpos ao se atraírem e se desejarem, naquele instante, o Eros pode, sim, reinar, e se fazer presente, algum tipo de sentimentalidade pode ocorrer ou ocorreu na fase de aproximação dos corpos. O "depois" pouco pode interessar (nesses casos). Lembre-se: Eros vive sob a influência de Afrodite, e essa deusa tem tudo haver com desejo, tentação, intensidade sexual. O tempo pouco importa!

    Beijos...

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  4. Caro amigo André estou acompanhando com muita satisfação os seus textos.

    Parabéns pela qualidade textual, pesquisa primorosa e relevância temática.

    Atenciosamente,
    Marileuza Fernandes

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  5. Bom dia, André. Tive a grata surpresa de descobrir seu blog nesta madrugada. Muito bom! Sou historiadora e futura advogada me interessam os estudos sobre a história da sexualidade e de gênero.

    Coloquei um texto seu, sbr a mulher pós-moderna e os mitos contemporâneos, no meu Multiply e na comunidade Românticos com o Pé no Chão no Orkut.

    Para ser franca, não sei qual o texto melhor. Muito bem embasado, com fontes.


    Parabéns! Já o estou seguindo no Blog.


    Abraços,

    Simone Abreu

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  6. (...) Ontem e hoje, por acaso, ou não, encontrei um trecho de 'mal estar...' de Freud que apareceu aqui no computador, então este acontecimento me fez relembrar do seu texto e não pude deixar de fazer certas comparações entendendo a busca do prazer inata ao ser humano, que ao mesmo tempo se relaciona com questões que garantem o bem estar e que lutam por encontrar o que dá prazer a cada um.

    Esta satisfação do prazer ao meu ver é movida em parte pela busca da felicidade que atribuímos à nossa existência, e assim vemos pessoas com fome de conhecimento, com fome de fama, com fome de arte, outras com fome de sexo, outras tantas com fome de riqueza e as mais desafortunadas com fome fisiológica mesmo. E vamos todos na inércia de suprir essas necessidades que nos movem, e que acredito se misturam sim em cada um em maior ou menor grau dependendo das tendências individuais. Mas sinto que neste movimento falta a relação desses prazeres necessários com a transcendência.

    E é por aqui onde acho que discussão da busca do prazer pode ter uma outra leitura, falta a busca do prazer para encontrar algo a mais, como uma forma de auto-conhecimento, e esse é um ponto que acredito importante, por exemplo, porque não ver a relação sexual como forma de transcendência, como uma maneira de nos aproximar de outro tipo de percepções que nos ajudem a viver melhor.

    As leituras que estou tendo em teatro agora (BARBA, Eugenio, "A Canoa de Papel" e outros livros de Barba e Grotowski) falam que tudo relacionado à elevação de percepções para o ator tem que passar primeiro pelo corpo, pois somos ao mesmo tempo matéria e 'energia' e não podemos tratar de forma isolada estes componentes. E isto acontece mais ainda para o ator por ser um indivíduo que lida com seu corpo de forma diferente e o conhecimento do seu corpo tem um papel fundamental em sua vida, pois é sua ferramenta de trabalho e tal... A unica solução então é 'passar' pelo corpo para entrar em contato com uma espiritualidade (seja a que for para cada um) e para se aproximar da compreensão dos sentimentos humanos, para poder assim manipulá-los, e transmiti-los com verdade mas enfim essa é outra conversa...

    Eu queria saber a sua opinião a respeito disso, se é muita viagem minha acreditar que esses prazeres podem estar relacionados não somente a algo 'não errado', mas pelo contrário a algo bom que dependendo de como lidemos com eles nos ajudem a melhorar e a descobrir-nos soberanos juntamente dos dois pólos complementares com que lidamos ao longo da existência, corpo e pensamento-espirituallidade.

    Acho que esta visão está longe de acontecer talvez né, pois a maioria das pessoas ainda não se interessam por qualquer tipo de melhoria seja espiritual, moral, etc. Portanto pior ainda quando o assunto sexo, além de ignorância (falta de conhecimento sobre o tema e sobre o próprio corpo) surge uma noção de 'pecado' que ainda é muito forte, mas acho que para combater essa noção tem que haver uma modificação também de algumas tendências que abordam o sexo como um momento de fazer maldade, de fazer coisa errada, escondida de machucar o outro, de relação de poder mesmo onde um se submete à vontade do outro. Não estou em contra das fantasias sexuais e tal, mas entende o que quis dizer... Seria bom se houvesse uma modificação na abordagem do tema mesmo, onde pudéssemos ver as relações sexuais com naturalidade, algo bom e pronto que faz parte da vida e é portanto, fundamental a ela.

    O que quero também compartilhar contigo é que eu estou ainda formando a minha identidade como pessoa e como indivíduo dentro da arte, e ainda tenho muitos conflitos, mas acho que eles fazem parte para o amadurecimento... o teatro está me servido como forma de auto-avaliação constante e isto é bom, enfim seus textos tem feito com que reflita muito nesses últimos tempos, estou aprendendo a lidar com meu corpo de outras formas, bem positivas para meu trabalho como atriz.

    Parabéns pelo texto e pelo sucesso do blog, está todo premiado né hehehe arrasou! :P

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